Alquimia (da expressão árabe al Khen, “o país negro”), é uma antiga tradição cultivada tanto no oriente quanto na Europa em que seus praticantes buscavam transmutar metais, fabricar o elixir da longevitude e encontrar a pedra filosofal em um processo chamado “A Grande Obra”.
Segundo alguns estudiosos, tais procedimentos envolvendo sublimação, destilação e coagulação eram na verdade a representação simbólica de uma busca filosófica de conhecimento e transformação pessoal.
Embora seja mais associada aos meios de comunicação, “mídia” é a adaptação da palavra inglesa media, que significa “meios”, ou seja, o que é transitório (em fluxo) e em transformação.
A alquimia das mídias é a convergência dos fluxos.
Solve et Coagula
O Commons depende da Comunicação
A informação desempenha um papel fundamental na produção de riquezas e na qualidade de vida de uma sociedade em que as relações humanas são cada vez mais mediadas por tecnologias e dispositivos digitais.
A consequência desta mediação é o comprometimento do exercício pleno da cidadania, que agora depende do conhecimento e empoderamento das tecnologias da informação e comunicação pelos indivíduos.
O Fim é o Meio
A construção de uma plataforma de inteligência coletiva baseada nos princípios da liberdade, privacidade, transparência, colaborativismo, universalidade, diversidade e neutralidade de rede, deve ser uma prioridade de todas e todos.
Esta inteligência será o meio mais adequado para o desenho de um ambiente de co-existência das diversas comunidades no planeta.
Fazer Alquimídia é colaborar com a inteligência coletiva estabelecendo e potencializando as conexões entre as mentes e sincronizando as falas em torno de problemas e soluções comuns.
Fazer Alquimídia é proporcionar espaços laborais de compartilhamento de informações e culturas e ressignificar símbolos estagnantes em memes e egrégoras dinamizantes.
Assim como na mitologia indígena, o ser humano é a “flauta em pé”, que só ganha vida quando é soprada por Tupã, fazer Alquimídia é o desejo de que a música seja sempre ouvida, até para quem não tem ouvidos.